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Comerciante é denunciado por torturar criança e adolescente em mercado na Serra

O Ministério Público (MP) denunciou por tortura o administrador de um mercado investigado por agredir uma criança e um adolescente em Caxias do Sul, na Serra do Rio Grande do Sul. O homem aparece em um vídeo com uma faca na mão após suspeitar que os menores estivessem furtando o estabelecimento.

A denúncia ocorre depois que a Polícia Civil indiciou por tortura o comerciante. Conforme o promotor João Francisco Ckless Filho, o acusado responde pelo crime em liberdade. Os advogados do administrador dizem que ele está muito abalado e que só vai se manifestar nos autos do processo. O caso aconteceu em março deste ano. As imagens mostram o momento em que a criança, de 10 anos, e o adolescente, de 13, sofrem a agressão. Eles estão sentados no chão, dentro do mercado. Nos registros, aparecem dois funcionários no corredor fazendo ameaças. — Quais os dias mais que vocês estão roubando aqui, meu? — Eu não fiz nada! — Que tu não fez nada! Eu te corto agora! Lambe isso aí que eu não quero sujeira aí, ''rapá''! Vai limpar tudo isso aí. As imagens foram feitas sem que os funcionários percebessem. O vídeo chegou à polícia por meio de uma denúncia anônima. Segundo a delegada que investiga o caso, não há registro de ocorrência de furtos ou roubos no mercado no dia da gravação das imagens. "O que nos surpreende é que não houve registro de ocorrência, um contato com as autoridades policiais naquele primeiro momento, que haveria flagrante até, de um ato infracional. Esses meninos poderiam ter sido levado para a delegacia de polícia, seriam responsabilizados na medida da sua culpabilidade. Não houve registro por parte dos responsáveis pelo estabelecimento, eles optaram por ter aquela atitude ali presente no vídeo", disse a delegada Thalita Giacometti Andrich, na época. A avó de um deles disse que o neto saiu de casa para jogar bola. O adolescente chegou em casa acompanhado por um funcionário do supermercado, que relatou o caso. Segundo ela, o adolescente é um menino "calmo". "Ele vai pro colégio. Do colégio ele vai pra casa, da casa ele vai pra uma instituição educativa do bairro", afirmou. Professores da escola onde os dois meninos estudam os descrevem como alunos responsáveis, dedicados e que frequentam as aulas regularmente.


Foto: Divulgação


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