Caminhoneiros realizam manifestação no Porto Seco de Livramento

Na manhã desta segunda-feira (27), a reportagem do Sentinela 24H foi até o Porto Seco, acompanhar a manifestação realizada pelos caminhoneiros brasileiros e uruguaios, sobre o decreto emitido pelo Presidente do Uruguai, com uma série de exigências aos profissionais.
Segundo Angelo Mello, presidente do Sinditransporte, a manifestação tem o foco que o governo uruguaio negocie com os trabalhadores três medidas anunciadas, que são o teste Covid com validade de 72 horas, o seguro saúde obrigatório para os profissionais e a instalação de rastreadores nos caminhões.

Essa série de exigências seriam um gasto muito elevado para os caminhoneiros, que vem sentindo os reflexões da pandemia, tendo uma queda de 40% dos transportes. Além do custo ser muito alto para aqueles que ingressam muitas vezes no Uruguai, o exame é invasivo e tem um período de validade muito curto.
"O Presidente em momento algum chamou os transportadores para negociar isso ai", desabafou Angelo. Os trabalhadores já inclusive ofereceram novas solução para cada uma das exigências do governo uruguaio. Os rastreadores podem ser substituídos por app de celular, enquanto sobre o seguro saúde, os profissionais pedem para ser atendidos pelo sistema único de saúde do Uruguai, assim como os profissionais estrangeiros são atendidos pelo S.U.S. do Brasil.

Sobre o teste do Covid, é outra pauta que os caminhoneiros pedem que seja revisada. No Brasil o exame custa em torno de R$ 300,00 e leva sete dias para ficar pronto, com o resultado chegando já sem validade para os fins necessários. No Uruguai, o teste foi gratuito em uma primeira semana, e o prazo foi estendido para outra semana, porém após esse período o valor cobrado será de U$ 100,00 e terá a validade de somente 72h, ficando pronto 12h após a coleta do material.
Além disso, os profissionais classificam como invasivo o método, para eles que terão que realizar seguido o teste. Uma opção que os mesmos indicam para substituí-lo, é o teste rápido, menos invasivo e mais barato quanto ao custo.
Manifestações similares ocorreram na em outras fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai, como no Chuí e em Jaguarão, além da fronteira entre a Argentina e o território uruguaio. Novas reuniões devem ocorrer até mesmo essa tarde, para que continue a negociação entre os profissionais e o governo do país vizinho.
Fotos: Lucas Bichinque | Sentinela 24H
