Cadeirante vive com muitas dificuldades em casa e faz apelo por alimentos para sua família

Na tarde da última terça-feira (24), a equipe do Sentinela 24H esteve na casa da senhora Maria, uma mãe que é cadeirante, e fez um apelo por ajuda para poder colocar alimento dentro da sua casa.
Maria possuí diabete, e acabou desenvolvendo uma neuropatia periférica, doença que faz com que ela não sinta os pés. Já são 7 anos que a mulher enfrenta a doença, que acabou causando um sério dano em um dos seus pés.
Por volta de um ano atrás, apesar de já usar a cadeira de rodas, Maria conseguia com muita dificuldade dar alguns poucos passos apoiada em móveis, porém, a realidade não é mais a mesma. A senhora acabou caindo em fevereiro, causando uma lesão ainda mais grave em seu pé, o que faz com que a mesma tenha que ir de ambulância três vezes na semana até o Hospital de Rivera para fazer curativos, e impossibilita definitivamente que ela caminhe.
Já no início da reportagem, foram evidenciadas as dificuldades de locomoção e de acessibilidade na casa para a mulher, que revelou que precisa que seus filhos a carreguem toda vez que a equipe do hospital vai buscá-la. "É uma luta para sair", afirmou. Maria mostrou que o banheiro utilizado por ela, nada mais é do que uma cadeira adaptada e um balde, pois é muito difícil se locomover com ela até o banheiro da casa.
Porém, apesar do quadro clínico e das dificuldades da mulher, ela contou que a maior dificuldade dentro de casa neste momento é para se alimentar. A senhora disse que a filha esteve trabalhando, mas após a queda e o agravamento no quadro de saúde de Maria, foi necessário que ela parasse com as faxinas que havia conseguido, para atender a casa.
Extremamente emocionada, Maria ainda revelou que já houve dias que os adultos ficaram sem ter o que comer, mas apesar disso desabafou, "O que mais me preocupa são os pequenos, eles não entendem ainda o que é não ter".
A falta de experiência dos seus dois filhos é uma grande dificuldade para os jovens conseguirem um emprego, contou a mulher. Segundo ela, o filho ainda sofre preconceito por ser gordo, e ninguém dá uma oportunidade para ele. "Ele ainda está com o cabelo cumprido, pois, não tem nem dinheiro para cortar", disse.
Outro episódio que dificultou ainda mais a vida da família, foi quando a mulher acabou ficando internada por alguns meses e um outro filho que não mora com eles, e é dependente químico, vendeu partes da casa para consumir entorpecentes.
Apesar de desejar muito que sua casa tenha melhores condições de acessibilidade, o pedido principal de Maria foi por alimentos para sua família, com ela afirmando mais de uma vez durante a entrevista, ser o que mais tem faltado dentro de sua casa.
Qualquer informação, doação ou aquelas pessoas que desejem conhecer um pouco mais da história da mulher, podem ir até à rua Benjamin Cabelo nº47, na Vila Meneses, no bairro Divisa.

Fotos: Lucas Bichinque | Sentinela 24H